A pressão baixa na gravidez
A pressão baixa na gravidez é uma alteração hormonal muito comum, especialmente no início da gestação. As mudanças hormonais provocam o relaxamento dos vasos sanguíneos, o que leva a uma diminuição na pressão arterial.
Embora não seja considerada grave, a diminuição acentuada da pressão pode causar desconforto e sintomas como desmaios e quedas, representando um risco tanto para a gestante quanto para o bebê.
Sintomas de pressão baixa na gravidez
Os principais sintomas de pressão baixa na gravidez são:
- Fraqueza;
- Visão embaçada, dupla ou escurecida;
- Sensação de desmaio;
- Tontura;
- Náuseas.
Em casos mais graves, pode ocorrer sensação de desmaio, sendo importante buscar orientação médica caso esses sintomas sejam frequentes.
O que fazer em caso de sensação de desmaio
Em caso de pressão baixa na gravidez, a gestante deve seguir os seguintes passos:
- Parar a atividade que está realizando;
- Sentar, respirar fundo e inclinar o corpo para a frente, levando a cabeça em direção aos joelhos por alguns minutos;
- Beber 2 copos de água;
- Deitar numa posição confortável e elevar as pernas, preferencialmente do lado esquerdo do corpo caso esteja no terceiro trimestre da gestação.
Caso os sintomas persistam por mais de 15 minutos ou ocorram com frequência, é recomendado procurar atendimento médico.
Porque a pressão diminui na gravidez
Durante os primeiros dois trimestres da gestação, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo para suprir as necessidades da mãe, placenta e embrião em desenvolvimento. Nesse período, os hormônios produzidos durante a gravidez fazem com que os vasos sanguíneos relaxem, o que leva à diminuição da pressão arterial.
Além disso, o útero exerce pressão sobre a aorta e a veia cava abdominal, o que contribui para a queda da pressão, principalmente no terceiro trimestre da gravidez.
É comum também ocorrer hipotensão ortostática, em que tonturas e vertigens são desencadeadas ao levantar-se ou realizar movimentos bruscos. Nesses casos, é recomendado levantar-se mais lentamente e com o auxílio de apoio.
Possíveis riscos da pressão baixa
O principal risco da pressão baixa na gravidez é o desmaio, que pode resultar em quedas e causar lesões tanto para a gestante quanto para o bebê. É importante tomar cuidado ao enfrentar situações em que uma queda possa ser mais perigosa, como escadas.
A pressão costuma se normalizar conforme o volume sanguíneo aumenta e o corpo da gestante se adapta à gravidez. No entanto, é fundamental estar atenta e seguir as medidas de prevenção, especialmente quando estiver sozinha.
Como evitar a pressão baixa na gravidez
Para evitar a diminuição acentuada da pressão na gravidez, algumas medidas podem ser adotadas:
- Ter sempre alimentos salgados na bolsa, como bolachas de sal ou frutos secos, para não passar muito tempo sem comer;
- Ingerir cerca de 2 litros de água ao longo do dia, em pequenas quantidades, para evitar a desidratação e a queda da pressão;
- Usar roupas leves e confortáveis, adequadas para a gestação;
- Evitar permanecer em ambientes muito quentes e úmidos, assim como evitar banhos muito quentes;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e refrigerantes, para diminuir as chances de desidratação;
- Praticar exercícios físicos leves a moderados regularmente, pois têm efeitos benéficos na circulação sanguínea e pressão arterial;
- Evitar mudanças bruscas de posição, como levantar-se rapidamente;
- Consultar o obstetra caso esteja fazendo uso de medicamentos para confirmar se eles não afetam a pressão arterial.
Se as crises de pressão baixa forem frequentes, é recomendado buscar avaliação médica para investigação e tratamento de possíveis doenças que possam estar causando esse quadro.